Artigo do consultor Marco Ferreira sobre Planejamento Digital publicado no ABEVD News.

A maioria dos brasileiros migrou para compras digitais com o “novo normal” e não só entre os mais jovens, como mostra recente pesquisa realizada pela mobi.inc, realizada com 200 pessoas de idades entre 20 e 65 anos, mas também em diferentes estratos sociais, com predominância da classe média. Dos entrevistados, 97% declararam que aumentaram seu volume de compras por meios digitais no ano de 2021 em relação a 2020.

Incríveis 13 milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra pela internet em 2020 e, conforme matéria da Revista Exame, cerca de 80% dos novos consumidores digitais voltariam a comprar online. Para se ter uma ideia desse impacto, o faturamento do comércio eletrônico teve um resultado expressivo no ano de 2021, com alta de 48,41% na comparação com 2020.

Dois fatores explicam o grande acesso do brasileiro ao mercado de compra online: o Brasil é o quinto país que mais faz uso de smartphones no mundo, e segundo pesquisa do Google feita em 2020, é que 4 em cada 10 brasileiros preferem o digital para fazer compras.

Dessa forma, temos refletido muito a respeito de uma questão absolutamente intrigante:

  • “Como” crescer nesse setor com a mesma escalabilidade alcançada pelas compras digitais?

Se a venda direta é essencialmente baseada em relacionamentos, então não poderia estar crescendo na mesma proporção? Segundo recente pesquisa da ABEVD – Associação das Empresas de Venda Direta, o mercado cresceu 10,5 % em volume de negócios em 2020 com relação a 2019.

Existe uma “lição de casa” que a nossa indústria não vem fazendo, mas poderia e deveria fazer. Até que faz, mas não faz muito bem. E, na real, poucas empresas fazem como se deve.

É algo que as startups lá do Vale do Silício já inseriram há muito tempo no seu dia a dia e tem construído verdadeiros Unicórnios, até mesmo aqui em terras tupiniquins. Trata-se de instalar definitivamente mais um pilar estratégico no negócio, no mundo da Venda Direta: o “Digital” e, consequentemente, a “Inovação” como ponto central do pensamento e dos negócios.

As empresas de lá e as daqui que já elegeram o digital como pilar estratégico, empregam técnicas avançadas de gestão, como por exemplo: o método ágil para projetos que envolvam profundas mudanças no ambiente empresarial, tráfego orgânico e tráfego pago para geração de audiência em escala exponencial, e marketing de conteúdo para alcançar picos de engajamento e envolvimento das pessoas com o propósito das suas marcas.

O “Digital” não é mais somente uma opção de ferramenta, ou um canal de vendas, ou uma alternativa para abordar clientes. Ele é agora a própria estratégia em si, algo que é capaz de fazer ampla diferença nos resultados e negócios das empresas que pretendem ser players relevantes na Venda Direta daqui em diante.

A mudança no interior das empresas e na mentalidade de seus líderes é algo inevitável, pois existe uma caminhada a ser percorrida. O bom disso tudo é que esse caminho digital não exclui ninguém, seja pequeno, médio ou grande negócio, pois todos sem exceção podem e devem trilhar este caminho, aliás, o quanto antes melhor.

Como sei que muitos gostam de ir logo para as práticas, vai aqui um conselho de partida para não errar no trajeto: lembrem-se de que temos em nosso segmento dois alvos, o cliente final e os empreendedores que levam o produto ao consumidor final. São dois comportamentos bem distintos, um de consumo e outro de empreendedorismo, que podem inclusive coexistir numa mesma pessoa, mas não ao mesmo tempo. Isso no que tange à Comunicação.

Aproveitando essa lembrança, será que nossas empresas estão utilizando os canais digitais certos para a público certo no momento ideal? Ou, como é muito comum, utilizando uma estratégia “geralzona” para atingir todo mundo o tempo todo? Talvez, esteja exatamente nesse ponto a razão da falta de um crescimento digital mais robusto, quando comparamos com o setor digital em geral. Isso no que tange à Estratégia Digital.

Esse assunto parece óbvio, só que não é o que estamos vendo no nosso setor, infelizmente. Felizmente, ainda há tempo para quem quiser seguir os passos corretos e realizar um adequado planejamento digital em seu negócio de vendas diretas, para não perder e acompanhar a “nova onda” que já está surgindo no horizonte.

E, quer saber de uma coisa? Prepare-se, porque ela vai ser bem maior que essa!

AUTOR: MARCO FERREIRA / DIRECTBIZ CONSULTANTS – Consultor Especializado em Planejamento Digital da Venda Direta.

FONTE: ABEVD

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